Brincando e Criando
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Crônica: Ser professor(a)
Ser professor(a)
Crônica: Ser professor(a) - as múltiplas funções dos mestres
Falar da docência é falar das várias profissões que transpõem e se sobrepõem a esta.
Enquanto professores...
Somos mágicos, ao fazermos malabares com diversas situações que atingem nossa imagem e a vida pessoal.
Somos atores, somos atrizes, que interpretam a vida como ela é, sentimos e transmitimos emoções ao conviver com tantas performances.
Somos médicos, ao receber crianças adoentadas pela miséria, pela falta de tempo da família, pela carência de tempo de viver a própria infância.
Somos psicólogos, ao ouvir as lamentações advindas de uma realidade dura,
que quase sempre nos impede de agir diante do pouco a se fazer.
Somos faxineiros, ao tentarmos lavar a alma dos pequenos,
das mazelas que machucam estes seres tão frágeis e tão heroicos ao mesmo tempo.
Somos arquitetos, ao tentarmos construir conhecimentos, que nem sabemos se precisos, que nem sabemos se adequados.
É só parar para pensar que talvez seja possível encontrar em cada
profissão existente um traço de nós professores. Contudo ser professor,
ser professora é ser único, pois a docência está em tudo, passa por todos,
é a profissão mais difícil, mas a mais necessária.
Ser professor é ser essência, não sabemos as respostas.
Estamos sempre tentando. Às vezes acertamos, outras erramos, sempre mediamos.
Ser professor é ser emoção
Cada dia um desafio
Cada aluno uma lição
Cada plano um crescimento.
Ser professor é perseverar, pois, diante a tantas lamúrias
“não sei o que aqui faço, por que aqui fico?”
fica a certeza de que...
Educar parece latente, é obstinação.
Ser professor é peculiar,
Pulsa firme em nossas veias,
Professor ama e odeia seu ofício de ensinar
Ofício que arde e queima
Parece mágica, ou mesmo feitiço.
Na verdade, não larga essa luta que é de muitos.
O segredo está em seus alunos, na sua sala de aula, na alegria de ensinar
a realização que vem da alma e não se pode explicar.
Não basta ser bom... tem que gostar.
Enquanto professores...
Somos mágicos, ao fazermos malabares com diversas situações que atingem nossa imagem e a vida pessoal.
Somos atores, somos atrizes, que interpretam a vida como ela é, sentimos e transmitimos emoções ao conviver com tantas performances.
Somos médicos, ao receber crianças adoentadas pela miséria, pela falta de tempo da família, pela carência de tempo de viver a própria infância.
Somos psicólogos, ao ouvir as lamentações advindas de uma realidade dura,
que quase sempre nos impede de agir diante do pouco a se fazer.
Somos faxineiros, ao tentarmos lavar a alma dos pequenos,
das mazelas que machucam estes seres tão frágeis e tão heroicos ao mesmo tempo.
Somos arquitetos, ao tentarmos construir conhecimentos, que nem sabemos se precisos, que nem sabemos se adequados.
É só parar para pensar que talvez seja possível encontrar em cada
profissão existente um traço de nós professores. Contudo ser professor,
ser professora é ser único, pois a docência está em tudo, passa por todos,
é a profissão mais difícil, mas a mais necessária.
Ser professor é ser essência, não sabemos as respostas.
Estamos sempre tentando. Às vezes acertamos, outras erramos, sempre mediamos.
Ser professor é ser emoção
Cada dia um desafio
Cada aluno uma lição
Cada plano um crescimento.
Ser professor é perseverar, pois, diante a tantas lamúrias
“não sei o que aqui faço, por que aqui fico?”
fica a certeza de que...
Educar parece latente, é obstinação.
Ser professor é peculiar,
Pulsa firme em nossas veias,
Professor ama e odeia seu ofício de ensinar
Ofício que arde e queima
Parece mágica, ou mesmo feitiço.
Na verdade, não larga essa luta que é de muitos.
O segredo está em seus alunos, na sua sala de aula, na alegria de ensinar
a realização que vem da alma e não se pode explicar.
Não basta ser bom... tem que gostar.
Soraia Aparecida de Oliveira professora do Ensino Fundamental, Escola Municipal Nilza de Lima Sales, Brumadinho, MG.
domingo, 18 de agosto de 2013
****** A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR******
Só as crianças sabem o que procuram, disse o principezinho. Perdem tempo com uma boneca de pano, e a boneca se torna muito importante, e choram quando a gente toma...
- Elas são felizes... disse o guarda-chaves.
(O pequeno príncipe – Antoine de Saint-Exupéry
Elas são felizes... crianças são felizes!
Crianças
são genuínas e sabem valorizar aquilo que realmente importa. E a forma
mais sincera delas demonstrarem isso, é brincando.
O
brincar é mais que gostoso, é fundamental. Brincar envolve aspectos
emocionais, físicos, cognitivos, sócio afetivos e motores. É importante
para que a criança se desenvolva de forma adequada, integral, completa e
cresça saudável, tornando-se um adulto com habilidades necessárias.
E não é
preciso ‘inventar moda’ na hora de brincar! Claro, os brinquedos
sofisticados de hoje em dia são bacanérrimos, mas, brincar vai muito
além de tecnologia de ponta e pode ser bem simples. O importante é o
brincar, não o brinquedo.
As
crianças falam ao brincar. Demonstram sentimentos, angústias, alegrias,
medos, raiva e se expressam através de desenhos, jogos e brincadeiras
diversas. É um momento só dela, onde realidade se mistura com fantasia e
ela pode ser quem ela quiser e que permitirá a revelação de suas
relações com o mundo e consigo mesmo.
Percebem
a importância?! Brincadeiras não existem para ‘distrair’ crianças,
passar o tempo, não é perda de tempo. Elas são essenciais, regulam os
comportamentos, ensinam sobre a vida, desenvolvem habilidades, estimulam
o raciocínio, trabalham os músculos e o crescimento físico, despertam
emoções, exercitam a imaginação, favorecem a curiosidade, inspiram a
inteligência, abrem os olhos pras diferenças, incitam à criatividade,
ensinam respeito ao próximo e ao meio ambiente, auxiliam na
concentração, movimentam o corpo, trabalham a socialização, apresentam o
mundo! Brincar é muito sério! Brincar é um direito da criança, como
apresentado na Lei 8.069, de 13 de Julho de 1990, denominada como Estatuto da Criança e do Adolescente, no Capítulo II, Art. 16º, Inciso IV.
Dia desses assisti um filme encantador, que indico muito: “O menino de Ouro” (Foster – Reino Unido 2011). A
história é linda e trata de um assunto delicado: a perda de um filho de
um casal, que não consegue engravidar novamente, no qual a esposa tem
uma Loja de Livros Infantis (mas não os lê) e o esposo tem uma Fábrica
de Brinquedos (mas não brinca). Um ‘anjo’ chamado Eli é ‘adotado’ por
eles, e os devolve a vida, através do brincar! Eli leva os novos pais a
um Parque de Diversões e eles passam o dia brincando e redescobrindo a
paixão pela vida. Brincar é viver. Pra crianças ou adultos, é
excepcional. Existem muitos tipos de brincadeiras, algumas exigem a
presença de grupos, outras são solitárias, outras precisam de observação
constante, mas todas têm seu significado e importância.
Como
dizia o ‘Pequeno Príncipe’, os adultos se acham sérios demais e se
perdem por conta disso. Perdemos o brilho, perdemos esperança, perdemos
amor quando paramos de brincar. Os pais precisam brincar com os filhos,
pois são exemplos para os pequenos. Pensamos que não, mas as crianças
são ‘radares’ ligados o tempo todo nos comportamentos e atitudes dos
pais e dos adultos que convivem em torno delas. É preciso participar do
momento lúdico dos pequenos e, quando eles crescerem, também! Quando seu
filho se tornar um adolescente e pedir um skate, compre dois e vá
brincar com ele! Brincar juntos aumenta o grau de confiança e fortalece o
vínculo entre pais e filhos.
Você
brinca com seu filho? Você investe tempo nisso? Você sabe quais
brincadeiras são importantes e/ou necessárias para o quê e em quais
idades? Vejamos:
Até os 2 anos de idade:
A
brincadeira precisa estimular os sentidos do pequeno. A criança está na
fase sensório-motora e é preciso muita cor, música e expressões faciais.
Objetos de texturas, tamanhos, cheiros e cores diferentes para a
criança segurar, apertar, passar as mãos e até colocar na boca.
Brinquedos de empilhar, encaixar, movimentar com as mãos, chocalhos,
bolas. Contar histórias representando os acontecimentos citados de forma
alegre e divertida. Objetos de puxar e empurrar que desenvolvem o
equilíbrio e os músculos. Brincar de apontar e falar as partes do corpo e
objetos ao longe. Não se engane, a criança entende muito bem o que você
está fazendo! É preciso muita, muita, muita repetição! A música
desenvolve a linguagem e os livrinhos são importantes para eles se
familiarizarem com as letras, preparando-os para as próximas fases.
Coloque a criança no espelho e o apresente para ele mesmo! Caixas com
brinquedos variados para a criança tirar e guardar de volta. Utilize
barra de apoio na parede para estimular a sustentação do corpo, a
coragem de se arriscar a levantar e brinquedos que estimulem a
curiosidade.
De 3 a 4 anos de idade:
Nessa
fase começam as brincadeiras de faz de conta e é comum a criança repetir
tudo que vê os adultos fazendo e representar cenas de seu cotidiano. É a
idade em que as meninas querem ser princesas e os meninos, super
heróis. É uma idade bacana para aprender muitas coisas, inclusive, senso
de responsabilidade. É possível brincar de casinha, escolinha,
atividades de profissões, bicicleta, e atividades diárias dos adultos.
Essas brincadeiras permitem que as crianças se relacionem com problemas e
soluções que passam do fazer imaginário para o aprender real. É
importante incluir brincadeiras que exigem mais coordenação motora,
brincar com baldinhos na areia e montar quebra-cabeças com peças
grandes, por exemplo. Brinquedos de montar e desmontar e bonecos com
roupas fáceis de serem tiradas e vestidas. Pentear, despentear, fazer e
desfazer. Atividades que desenvolvam percepção espacial e equilíbrio.
Caixas grandes para ele entrar e sair, piscina de bolinhas, pula-pula,
piscina. Brincadeiras de desenhar, pintar, modelar já podem começar
nessa fase e estimulam a criatividade, raciocínio e concentração. Os
amigos imaginários aparecem por aqui e conversar com os pequenos nessa
idade pode ser surpreendente! Lembrando, claro, que é importante manter
um tom de voz adequado, estar na altura da criança, falar de forma
alegre e abusar nas expressões faciais.
5 a 6 anos de idade:
Brincadeiras
motoras (de movimento) e de representação (faz de conta) continuam e se
aprimoram. As de representação se aprimoram de modo que se esvaem, ou
seja, a criança já começa a percebê-la como ser pensante. Tem gostos e
personalidade! A criança começa a reparar que pode produzir coisas para
oferecer ao outro, então a pintura e os desenhos também se aprimoram e
agora são presentes para os outros. Massinha é estimulante e outros
materiais, como argila, terra e areia. Fase adequada para os
instrumentos musicais fazerem mais sentido e desenvolverem habilidades. É
a hora de pensar em um bichinho de estimação! Ensinar o cuidado, o
carinho. Os esportes também são importantes agora, desenvolvem a
musculatura, respiração, psicomotricidade, respeito às regras,
hierarquia e senso de equipe. Essa interação com outras crianças deve
ser observada de modo especial, pois é a oportunidade que os pais têm
para passarem valores e princípios para os pequenos. Outras brincadeiras
divertidas e gostosas de brincar junto das crianças nessa idade são:
pega-pega, esconde-esconde, o mestre mandou, pega palito, dança da
cadeira... Viram como é possível se divertir sem a ajuda de brinquedos
mirabolantes e os famosos vídeo games? Sabem aquelas brincadeiras que
vocês, pais, brincavam na infância? É hora de relembrar e ensinar os
filhos! Ah, e brincar com eles, claro.
7 a 8 anos de idade:
Fase das
descobertas... De alfabetização mais intensa, brincadeiras em grupo,
laços de amizade, dúvidas e mais dúvidas, curiosidade sobre tudo.
Momento de vínculo e estímulo. Se nas fases anteriores foi tomado o
cuidado de estimular a criança a brincar, desenvolver sua expressão,
lidar com os conflitos e encontrar soluções pra eles, aqui será mais
fácil de interagir com o filho. Nem só os brinquedos são importantes
nessa idade. São essenciais atividades lúdicas, assistir filmes,
estimular a leitura, construir objetos e brincar com eles, conhecer
materiais novos, além de participar de atividades que exijam mais
raciocínio lógico, como jogos de cartas e tabuleiro, revistas de
passatempo e quebra-cabeças mais elaborados. Aqui também é importante se
preocupar com o sedentarismo. Jogar vídeo game nessa fase é legal, a
maioria das crianças dessa faixa etária já dominam o computador e todo
tipo de jogos eletrônicos. Mas é importante ficar atento e conduzir o
filho a se preocupar com a própria saúde. Leve a criança para o mar,
leve para o parque, procure atividades ao ar livre e que estimulem
movimentos corporais. Deixe os games para aqueles dias mais frios ou
chuvosos. Além da fase da construção da aprendizagem, é também a da
competição. A criança precisa de atividades que a introduzam no mundo
social.
De 8 a 12 anos de idade:
Fase
deliciosa... A criança interage muito, é esperta, competitiva, quer
aprender sobre tudo e é curiosa. Aproveite e estimule muito! É o caminho
para uma adolescência tranquila. Nessa idade a criança já é capaz de
entender as regras. Bacana brincar mais com cartas, jogos de tabuleiros,
e intensificar os esportes. Abuse dessa fase pra ensinar disciplina,
obediência, tolerância às frustrações e, a habilidade de ‘saber perder’.
Não deixe seu filho ganhar jogo algum de propósito. Ensine a ele que a
vida nem sempre lhe será favorável, mas que ele pode sempre seguir em
frente. Que nem sempre ele vai vencer, mas, se não tentar, não vencerá
jamais. Ensine que ele precisa tolerar as outras pessoas e respeitá-las
como são. Que ele jamais poderá mudá-las, mas que pode mudar o próprio
comportamento em relação a elas, construindo relacionamentos saudáveis.
Os jogos fazem com que a criança tenha consciência do outro, e a
apresentam o mundo socializado, regido pelas regras. Estimule jogos e
brincadeiras que envolvam além do esforço físico, estratégias e
raciocínio mais elaborado, como xadrez, mímicas, entre outros.
Percebem quantas coisas importantes podem ser ensinadas aos filhos, brincando?! Brincar é fantástico.
Importante: essas
são características gerais. Mesmo com idades, residências, momento de
vida, estímulos e preocupações iguais, cada criança tem o próprio tempo
de desenvolvimento. É preciso respeitar este tempo, observando o que é
considerado esperado ou não para a idade, mas com cuidado. É essencial
adaptar tudo, absolutamente tudo, para sua própria realidade e de seu
filho. Use e abuse da criatividade, respeite os próprios limites e dos
pequenos e divirta-se ao seu modo!
Lembre-se: atente-se
à segurança da criança, promova um ambiente acolhedor, seguro,
divertido e alegre. Ensine, apoie, estimule. Seu filho precisa disso! E
mais, a capacidade intelectual de uma criança depende 70% dos estímulos
recebidos até os 3 anos de idade. Aproveite e invista nesse tempo!
Talita Guedes Bittioli,
psicóloga graduada pela Universidade Metodista de São Paulo, com
extensão na abordagem Fenomenológico-Existencial. Palestrante em Escolas
sobre diversos temas relacionados ao contexto Infantil, para pais e
alunos. Ainda não é mãe, mas é apaixonada pela maternidade e
principalmente pela Família.
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Aprendizado e angústia
Rosely Sayão
Aprendizado e angústia
Com o incentivo de um adulto, a criança consegue encarar melhor o difícil processo de aprendizado
Ficar concentrado em algo que exige muito de nossa atenção tem sido cada
vez mais difícil e doloroso. Vivemos num mundo que nos diz,
incessantemente, que precisamos ter satisfação logo, que a dor precisa
ser evitada e/ou suprimida, que a felicidade é a melhor escolha.
Quando tentamos nos concentrar em uma tarefa árdua, logo percebemos que
as distrações presentes em nosso entorno são, quase sempre, bem mais
sedutoras, não é verdade? Dá vontade de beliscar algo gostoso, de
atender a um telefonema nada importante, de ler as mensagens que
chegaram, de buscar algo na internet etc.
Pronto: está armada a cilada que tem como objetivo nos retirar da
situação incômoda em que estávamos. Ter de realizar algo que não é nossa
escolha no momento e que exige esforço e tempo de dedicação perturba,
angustia, provoca insatisfação. E é disso que queremos fugir.
Claro que, ao agirmos assim, a situação irá se complicar porque, afinal,
aquela tarefa precisará ser realizada mais cedo ou mais tarde. Aí é que
entra o exercício da maturidade. Realizamos um esforço ainda maior para
dar conta de nossa responsabilidade porque sabemos que ela é
intransferível.
A criança sofre esse contexto muito mais do que o adulto. Imagine, caro
leitor, uma criança ao fazer uma lição ou ao aprender algo que dizemos
que ela precisa saber.
Certamente você já testemunhou uma cena desse tipo. Ela decide apontar o
lápis, organizar seu material à mesa, pegar (dezenas de vezes) algo
necessário na mochila... Além disso, sente fome e vontade de ir ao
banheiro, olha para sua borracha e se lembra de uma outra que tanto
queria mas não tem.... E assim ela segue, sem saber que o seu
comportamento visa unicamente escapar da angústia que ela enfrenta.
Nós, que aqui estamos há muito mais tempo do que ela, fomos tão tomados
por esse mesmo contexto, que nem sempre nos damos conta de que a criança
precisa de nossa ajuda nesse momento. Ela precisaria saber, por nossa
condução, que ela pode comer mais tarde, que não precisa de tanto
material por perto, que a vontade de ir ao banheiro pode ser postergada
etc.
Ao contrário, tratamos de atender a todas as suas solicitações na
tentativa de "limpar" a situação para que a criança consiga, finalmente,
se dedicar ao que precisa. Tudo o que conseguimos ao agir assim é
estimular a criança a escapar de outros modos de sua missão.
Há um grupo de crianças que confunde a angústia que a toma nesse momento
com dor. Dor física: dor de cabeça, dor de barriga, dor na mão, por
exemplo, são reclamações frequentes de crianças que enfrentam a angústia
de ter de aprender algo.
Como a lógica médica passou a reger nossas vidas, damos toda atenção a
tais dores, que não são inventadas pela criança, é bom ressaltar: são
confundidas por ela.
Quase todas as escolas hoje têm enfermaria; a qualquer hora do dia, se
você passar por lá, caro leitor, encontrará alguma criança com tal
reclamação, tanto quanto muitas outras no banheiro, no bebedouro,
vagando pelos corredores.
Elas deveriam ser encorajadas a ficar em classe e a enfrentar a angústia
que o aprendizado provoca. Com nossa ajuda, com nosso apoio, com nossa
firmeza e carinho, elas podem enfrentar tal desconforto por conta
própria e seguir em frente.
O resultado seria o crescimento da autoestima, que se desenvolve à
medida que a criança adquire confiança em sua capacidade de colocar em
ato seu potencial.
-
Assinar:
Postagens (Atom)